sábado, 16 de março de 2013

A herança Platônica.






Platão conseguiu seduzir com seu pensamento filosófico a maior parte do ocidente, assim “compramos” seu modelo de filosofar, o que hoje em dia nos rendem muitos intemperes.

O sucesso de sua filosofia é tão grande, que já se introjetou de uma maneira intima, ao nosso modo de pensar e de ver o mundo, sendo muito difícil, de desvincular-se dela.

Até mesmo por aquelas pessoas que jamais chegaram a ler uma obra sequer de Platão, se for interpelada, fornece uma visão de mundo bem próxima da corrente filosófica iniciada por ele, na Grécia clássica no século V- a.C.

A partir dessas afirmações, vai se tornando evidente que a princípio nós, somos condicionados a pensar, tendo como base esse modelo platônico, assim construímos a nossa maneira de perceber a complexidade do mundo, sem questionar essa estrutura de pensamento, que descende lá da Grécia antiga.

Mas como que esse modelo de filosofia é capaz de influenciar tanto, no decorrer de todo esse tempo? Ora, acertou quem percebeu que esse modelo, nos é doutrinado desde muito cedo, pela cultura judaico-cristã, que reformulou a teoria de Platão, para que tivesse uma maior aceitação por parte do povo.

Após um grande movimento intelectual acontecido na Grécia, que foi fortíssimo, nasce a filosofia com isso, pouco depois o mundo se cristianiza.

Nietzsche foi um dos primeiros pensadores a perceber tal semelhança, chegando a escrever: “O Cristianismo é o platonismo para o povo”, assim passamos a crer sem questionar, (pois a igreja transformou parte da filosofia platônica em dogmas), que existe o “belo”, “justo”, “verdade”, “perfeição” “outro mundo” a “imortalidade da alma”, “eternidade”, assim essa visão metafísica platônica cristã, juntamente com a modernidade, acarretou por fundamentar a nossa moral, nessa relação que existe hoje, de negação do corpo, das sensações que levam ao erro e ao pecado, negação do agora, da contradição e do conflito, consequentemente também findou em construir uma imagem idealizada de si mesmo e do outro.

Um dos grandes problemas trazido pela filosofia platônica é esse “trambolho” chamado ideal, capaz de descentralizar as pessoas, tirando-as o seu foco no presente e projetando seu olhar para um futuro, onde tudo será perfeito.

Contudo, o ideal se difere da realidade obviamente, pois, ele não leva em conta as características do real, por isso será sempre ideal. O idealista simplesmente cria uma situação ilusória, que não condiz com os fatores e empecilhos próprios da realidade.

As pessoas acabam idealizando sua família, sua casa, seu carro, ou seja, toda sua vida acaba sendo constantemente idealizada, deixando de lado as peculiaridades da realidade, para se refugiar no mundo das ideias de Platão.

Partindo desse raciocínio, uma pessoa que obtém um ideal de computador nunca estará satisfeito, com o computador que já possui, a mesma coisa acontece com um filho, se você tem um ideal de filho, irá sempre se queixar do filho que possui, até porque no ideal de filho, ele não comete erros, sempre obedece e não oferece trabalho, por isso é ideal, pois, não leva em conta, que na realidade filhos normalmente irão dar trabalho, jamais será um mar de rosas como foi idealizado.


Quando projetamos tais ideais, sempre ouvimos – não foi como eu esperava, ou – esperava que fosse melhor, porque volto a dizer, o ideal não leva em conta o modo de ser do real. 
A filósofa brasileira Viviane Mosé nos fornece um exemplo de ideal: imaginemos uma garota que idealiza um cruzeiro ensolarado com o amor da vida dela, porém ao chegar no dia do cruzeiro ela percebe que o balanço do navio a deixa enjoada e, além disso, chove e se não bastasse o amor da vida dela ainda ronca.

O balanço do mar que causou enjoo, a chuva e o ronco do marido não estavam incluídos no “pacote” do ideal, porque é somente um ideal que não leva em conta as transformações e características da realidade, desse modo boa parte das pessoas acabam se frustrando, por meio desse ato de idealização constante que não consegue atingir de fato a realidade.

Por isso, observamos hoje em dia, muitas pessoas insatisfeitas com a realidade ao seu redor, pois, aprendemos desde cedo, a apreciar tudo que é ideal e não a realidade, ou seja, se aprendêssemos a apreciar mais a realidade do que o ideal não sofreríamos tanto. 
Será que a culpa é de Platão? 

(Alex Domingos).

Um comentário:

  1. FILOSOFIA DE PORTA DE BANHEIRO,VOCÊ SO CONSEGUE LER PLATAO E ARISTOTELES??!!!ME IMPRESSIONA TAMANHA FALTA DE COERENCIA,NO QUE VOCÊ ESCREVE! TAMANHA FALTA DE CONHECIMENTO DA FILOSOFIA...NUNCA HOUVE UM FILOSOFO QUE NEGASSE A EXISTENCIA DE DEUS,PELO CONTRÁRIO,ELES BUSCAVAM,ALMEJAVAM EM SEU INTERIOR UM ENCONTRO COM ESSA DIVINDADE,DE LONGE FOI O PIOR TEXTO,A PIOR INTERPRETAÇÃO QUE JÁ LI,OS FILOSOFOS SE REVIRAM NO TUMULO,LOUCOS POR VINGANÇA,TAMANHA FALTA DE CONHECIMENTO QUE VOCÊ DEMONSTRA,DETURPAR,AS PALAVRAS,TÃO SABIAMENTE ESTRUTURADA E ESCRITA E A PIOR MANIFESTAÇÃO DE FALTA DE CONHECIMENTO!!!

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